O bólido que explodiu na Rússia media 15m e cumpria incólume sua trajetória por milhares de anos, até o dia 15 de fevereiro de 2013, quando encontrou a Terra em seu caminho. Ou o meteoro estava no caminho da Terra.
O certo é que, sem ser detectado, o intruso mergulhou na nossa atmosfera de leste para oeste a cerca de 10 km por segundo, quase 70.000 km por hora, a 1.000 km de altitude, sobre a tríplice fronteira da Rússia, China e Mongólia, com rampa de 16,5 graus de inclinação.
Quando estava a 500 Km do solo, o bólido cruzou velozmente a região do Casaquistão. A 32 km do solo começou a se fragmentar, por causa do atrito com camadas mais densas de ar.
Mais perto que a Lua
A pouco mais de 23 km, de altitude, se desintegrou explosivamente em uma ruidosa e luminosa bola de fogo, perto de Chelyabinsk, cerca de 25 segundos depois de mergulhar na atmosfera.
O clarão foi mais intenso que o Sol e o som da explosão foi ouvido só mais de um minuto depois, cerca de 85 segundos. Vibrações de infrassom foram percebidas em praticamente todo o globo, no que foi o mais intenso evento do gênero em 100 anos.

O objeto pesava cerca de 12,5 mil toneladas e, ao explodir, liberou energia equivalente a 500 quilotons, cerca de 25 vezes a bomba atômica de Hiroshima, no Japão.
Intruso pode mesmo se chocar
Além da explosão do meteoro na Rússia, no dia 15, registraram-se eventos parecidos, embora não tão grandiosos, em várias partes do mundo.
Em 4 de março daquele ano, um asteroide, 2013EC, medindo 10 m de diâmetro, passou pela Terra a 370.000 Km de distância, ligeiramente mais perto que a órbita média da Lua, que é de cerca de 380.000 Km.
Testemunhas relataram ter visto bolas de fogo cruzando o céu velozmente em fevereiro daquele ano, no México, no Brasil, nos Estados Unidos e no Canadá, bem como em outras partes do mundo.
Outro objeto, 2013ET, também descoberto em 2013, passou a 960.000 Km da Terra no dia anterior, 2,5 vezes mais longe que a Lua. Longe, portanto, embora não saibamos qual o comportamento orbital futuro, desse objeto.
Ele é maior que todos os outros juntos. De formato irregular, lembrando uma batata, mede estimados 140 m de comprimento por uns 64 m de largura, maior que um quarteirão residencial.
Apophis é ameaça séria
Outra ameaça bastante provável é o asteroide Apophis, que tem 390 m de comprimento, quase o tamanho e massa do YU55.
Em 2029, esse objeto passará a apenas 30.000 km da Terra. É tão perto que a gravidade do nosso planeta poderá alterar sua órbita, para uma colisão fatal quando ele voltar, sete anos depois, em 2036.
Se colidir com a Terra, explodirá com uma força equivalente à calculada para o YU55, abrindo uma cratera de 1 km de diâmetro. Tudo, num raio de 5 km do ponto zero, seria destruído.
Árvores seriam arrancadas em um raio de 30 km do local do impacto. Tremores de terra devastadores destruiriam tudo num raio de 2,8 km e automóveis tombariam pela força das ondas sísmicas a 80 km de distância.
Você leu:
Asteroides que passaram por aqui
Você está em:
A seguir:
Impacto na Terra: evitando o pior