De fato, não houve muito tempo para reagirmos, mas tivemos sorte, porque o objeto não era maior do que um carro.
Uma terceira questão diz respeito à dificuldade para precisar o movimento dos bólidos, o que significa incerteza na predição de impactos.
Além disso, um asteroide ou cometa que ameaçasse a Terra quando fosse descoberto iria, quase sempre, se mostrar inofensivo, depois de observações mais detalhadas. E isso desacreditaria os astrônomos ante a opinião pública.
Talvez não tenhamos a mesma sorte para sempre. Existem pelo menos 19.500 asteroides médios, com tamanho entre 100 m e 1 km de comprimento, e 981 grandes, com mais de 1 km de diâmetro.
Escala de poder incompreensível
O asteroide 2005 YU55 é maior que o de Tunguska, com cerca de 400m de largura, tamanho equivalente a um porta-aviões dos grandes, passou de raspão no dia 8 de novembro de 2011.
O bólido zuniu a 324.600 km da Terra às 20h28 de terça, 8, horário de Brasília, cruzando o quintal do nosso planeta a 46.700 km/h, velocidade quase duas vezes maior que o de uma nave espacial em órbita baixa.
O YU55, que faz uma revolução completa em torno do Sol a cada 15, só foi descoberto em 2005, mas estudos de sua órbita mostram que fizera uma perigosa aproximação em 1976 – pasme – quando já estava indo embora.
O 2005 YU55 chegou mais perto que a Lua, que orbita a Terra a 384.499 km, em média. Contudo, a Terra e a Lua nunca estiveram ameaçados e não correram nenhum perigo de o objeto se chocar com um desses mundos.
O asteroide YU55, que, naquele dia, fez a humanidade se sentir incapaz, causaria um estrago considerável. A força explosiva desse objeto seria equivalente a 65.000 bombas atômicas, uma escala de poder incompreensível para a mente humana.
O 2005 YU55 é um asteroide Apolo, como são chamados os objetos que cruzam a órbita da Terra em ângulos de quase 90 graus, enquanto se aproximam ou se afastam do Sol, em sua órbita em torno da estrela.
Um objeto que com essa trajetória viaja a cerca de 25 km/s na hora de um provável impacto com a Terra, embora um cometa na mesma situação possa atingir até 70 km/s no choque.
YU55 ainda se chocará com a Terra
Podemos sofrer o impacto de um monstro desses, num futuro não muito distante. Desta vez o YU55 passou e a Terra escapou incólume. Contudo, o objeto pode cair aqui.
Embora os cálculos da órbita de sua órbita mostrem que não se chocará com a Terra dentro de 100 ou 200 anos, uma aproximação acentuada com Vênus, daqui a cerca de duas décadas, pode por esse asteroide em rota de colisão com nosso mundo, já na órbita seguinte.
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