Nós nos encontramos atualmente bem próximos a Júpiter, a ponto de ser possível vê-lo como um disco bastante discernível, e não mais como um ponto luminoso, com um simples binóculo que aumente 10 vezes.
Com um telescópio, ainda que pequeno, dá pra notar que sua forma com mais precisão. Como todo objeto astronômico, esse planeta gigantesco gira em torno de si mesmo. Ou seja, apresenta dias e noites.
E, entre os planetas conhecidos do Sistema Solar, é o que gira mais rápido. Roda rápido o suficiente para que o dia joviniano dure pouco mais de 9 horas. A descomunal força centrífuga resultante tende a dilatar sua região equatorial, o que torno o planeta levemente ovalado.
Criaturas suspensas no ar como balões
Um telescópio também revela dois proeminentes cinturões paralelos ao equador, um em cada hemisfério, o cinturão equatorial norte, e o cinturão equatorial sul. São gigantescos turbilhões de gases no topo de sua atmosfera.
Júpiter, o quinto planeta em distância do Sol, depois de Mercúrio, Vênus, Terra e Marte, é composto basicamente por gases, sobretudo hidrogênio, além de hélio e outros elementos.
Esses elementos foram reunidos por gravidade durante a formação do próprio Sol e dos demais planetas, há uns 4,6 bilhões de anos.
O meio ambiente de Júpiter é inteiramente inóspito, mas imaginando que houvesse vida, lá, as criaturas talvez vivessem em colônias de milhares de indivíduos, suspensas no ar, sem jamais pisar solo algum.
Porque não há superfície sólida. Um objeto que caísse nele afundaria em sua atmosfera até ser esmagado em suas profundezas, pelo peso da enorme massa de gases acima.
Terra esmagada como uma gota de mel
Esse estado seria atingido talvez antes mesmo de alcançar o provável núcleo sólido, composto por elementos metálicos e submetidos a pressões tremendas e temperaturas de mais de 5 mil graus.
A atmosfera jupiteriana é turbulenta e venenosa. E gelada. Nas camadas mais elevadas, a temperatura chega a 110 graus abaixo de zero. Há ventanias intensas e enormes. E um furacão quase uma vez e meia maior que a Terra, a chamada Grande Mancha Vermelha.
A atração gravitacional de Júpiter é enorme. É tão grande que se tivesse superfície sólida e a Terra fosse colocada em sua superfície, nosso planeta, coitado, seria esmagado.
Mais ou menos como uma gota de mel que, despejada sobre a superfície de um prato, achata-se sobre si mesma até ficar plana.
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